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Parar de beber faz mal para a saúde

De acordo com uma revisão de estudos sobre o assunto, alcoólatras em abstinência correm os mesmos riscos de saúde de quando ainda estão bebendo cronicamente.


Beber álcool é uma prática comum para aliviar o estresse, já que a substância altera os níveis de neurotransmissores no cérebro. No entanto, beber cronicamente tem sido ligado a altos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, o que pode ser perigoso para a saúde.

Agora, uma revisão de pesquisas que envolveu cientistas do King’s College London, da Universidade de Kentucky e da Universidade de Londres, dentre outras instituições, chegou à conclusão de que alcoólatras que se abstém de beber também mostram grandes níveis de cortisol e estão expostos aos mesmos perigos de saúde.

Altas concentrações de cortisol são associadas com neurotoxicidade, uma condição que danifica a memória, a tomada de decisão, a atenção e a aprendizagem. O cortisol é liberado pela glândula adrenal durante momentos de grande estresse, e também é liberado durante o consumo de álcool.

Beber cronicamente é o que causa a neurotoxicidade, mas, segundo a pesquisadora Dra. Abi Rose, professora na Universidade de Liverpool, a abstinência é um grande choque para o organismo, o que também pode levar à degeneração dos neurônios do cérebro.

Cortisol e dependência
“Alcoólatras que mostram deficiências cognitivas mais graves durante a abstinência são aqueles que têm também os mais altos níveis de cortisol”, disse Rose. “Por isso, o cortisol parece desempenhar um papel significativo na dependência continuada do álcool e no risco de recaída”.

Os resultados dão aos cientistas uma melhor compreensão de como os hormônios do estresse estão ligados aos problemas cognitivos experimentados por alcoólatras que param de beber. Também podem proporcionar uma melhor visão sobre por que os alcoólatras são propensos a recaídas. No entanto, são necessárias mais pesquisas para ver se a disfunção de cortisol é um fator de risco na dependência do álcool.

Os estudos incluídos na revisão foram realizados em humanos e ratos. Em um deles, níveis de hormônios do estresse em ratos permaneceram altos por dois meses depois que os animais pararam de consumir álcool. Esse período é equivalente a cinco anos humanos.

Em geral, a capacidade de resposta ao estresse é aumentada em alcoólatras, porque seus níveis básicos de cortisol já são elevados. Então, o resultado é que eles já começam em um nível diferente de exposição aos hormônios de estresse durante o estresse e, junto com as outras mudanças que ocorrem com o alcoolismo, isso pode contribuir para a recaída ou outros problemas.

Parar de beber ainda é melhor
Mas isso não significa que é melhor continuar alcoólatra do que tentar parar de beber.

“Em um mundo perfeito, seria sempre preferível não se tornar um bebedor crônico em primeiro lugar. Além disso, uma vez que a dependência do álcool se desenvolve, os benefícios de parar de beber superam os potenciais efeitos negativos da abstinência. Mas problemas sérios podem ocorrer durante o processo de desistência do álcool, então é essencial que as pessoas recebam cuidado individual adequado”, explica Rose.

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Fonte: LiveScience

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