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Coreia do Norte não gosta de filme da Sony e consegue cancelá-lo com ameaças terroristas, segundo EUA

Se você não conhece ainda a história do lançamento do filme “The Interview” (“A Entrevista”), explicamos: a Sony financiou a história de dois jornalistas, interpretados por Seth Rogen e James Franco, recrutados pela CIA para assassinar Kim Jong-un em uma viagem à Coreia do Norte para entrevistar o líder do país.

 Claro que o pessoal de lá não curtiu nada esse enredo, dizendo publicamente que o lançamento do filme, previsto para 25 de dezembro desse ano, seria um “ato de guerra”.

Depois de receber inúmeras ameaças e ataques cibernéticos, a Sony recuou. “A Entrevista” está agora oficialmente cancelado, porque a maior parte das grandes salas de cinema norte-americanas se recusaram a exibi-lo graças a ameaças de ataques terroristas.

Coreia do Norte x EUA

As autoridades americanas concluíram que a Coreia do Norte esteve “centralmente envolvida” no ataque aos computadores da Sony Pictures.

Altos funcionários do governo, que não quiseram se identificar, disseram que a Casa Branca estava debatendo se acusaria publicamente o país ou não, segundo o jornal americano “The New York Times”.

Alguns creem que um confronto direto pode ser perigoso. O Japão, onde a Sony é um nome forte, argumentou que a acusação pública poderia interferir com negociações diplomáticas delicadas para o regresso dos cidadãos japoneses sequestrados anos atrás.

O governo está “considerando uma gama de opções pesando uma resposta potencial”, disse Bernadette Meehan, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

Já segundo o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, os EUA não estavam em condições de confirmar que a Coreia do Norte foi responsável pelo ataque, mas também informou que a investigação federal estava progredindo.

A Coreia do Norte já está sob algumas das mais pesadas sanções econômicas aplicadas pelos EUA. Um ataque cibernético americano de resposta em larga escala exigiria uma ordem presidencial, e há indicações de que Obama está hesitante em usar seu arsenal cibernético por medo de retaliação.

As ameaças

Uma das ameaças entregues em computadores de mesa nos escritórios da Sony, esta semana, advertia que, se “A Entrevista” fosse lançado em 25 de dezembro, “o mundo ficaria cheio de medo”. “Lembre-se de 11 de setembro de 2001”, dizia a mensagem. “Nós recomendamos que vocês mantenham-se distantes dos lugares daquela época. (Se a sua casa é próxima, é melhor você sair)”.

Os norte-coreanos negaram – mais ou menos – envolvimento nos incidentes, deixando em aberto a possibilidade de que os ataques foram “atos justos de apoiantes e simpatizantes”.

Muito além dos EUA e da Sony

As quatro maiores cadeias de cinema nos Estados Unidos – Regal Entertainment, AMC Entertainment, Cinemark e Carmike Cinemas -, além de várias cadeias menores, disseram que não iriam passar “A Entrevista” como resultado das ameaças. Os cancelamentos praticamente mataram o filme como um empreendimento, pelo menos a curto prazo.

A Sony tentou abafar a situação, dizendo que entendia que os cinemas tiveram de se preocupar com a segurança de seus clientes. Mas o precedente que foi aberto poderia ser prejudicial para toda a indústria do entretenimento e do jornalismo. Outros países ou grupos de hacking podem tentar táticas similares para anular filmes, livros ou transmissões de televisão que acharem ofensivos.
A investigação

Enquanto as autoridades de inteligência americanas concluíram que o cyber-ataque foi patrocinado pelo Estado norte-coreano e muito mais destrutivo do que qualquer visto antes em solo americano, ainda existem diferenças de opinião sobre se a Coreia do Norte teve ajuda interna da Sony, de gente com conhecimento de sistemas de computadores da empresa, ou não.

Não está claro como os Estados Unidos determinou que o governo coreano havia desempenhado um papel central nos ataques. A rede de computadores da Coreia do Norte tem sido notoriamente difícil de se infiltrar. Mas a Agência de Segurança Nacional começou um grande esforço há quatro anos para penetrar as operações do país.

Especialistas em segurança dizem que há uma trilha forense envolvendo o ataque à Sony. Os responsáveis usaram ferramentas comerciais prontamente disponíveis para limpar dados das máquinas da empresa. Também emprestaram ferramentas e técnicas que tinham sido usadas em pelo menos dois ataques anteriores, um na Arábia Saudita há dois anos – amplamente atribuído ao Irã – e outro do ano passado na Coreia do Sul alvejando bancos e empresas de mídia.

Os ataques da Sony foram encaminhados de centros de comando e controle de todo o mundo, incluindo um centro de convenções em Cingapura e a Universidade Thammasat na Tailândia. Um desses servidores, na Bolívia, tinha sido utilizado em ataques cibernéticos limitados em alvos da Coreia do Sul há dois anos.

Em breve, as análises e a investigação podem identificar de quem partiram as ameaças recentes ao filme. 


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Fontes: 1, 2,3,4

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