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6 personagens da literatura que podem inspirar sua carreira

“A literatura é o melhor MBA sobre gente que existe”. É assim que Fernando Jucá, sócio da Atingire e co-autor do livro “O executivo que gostava de ler” (com Fábio Paiva, da Editora Nobel) justifica a importância dos livros para a formação profissional de qualquer pessoa.

Segundo ele, o mercado de trabalho privilegia quem entende de negócios, mas também quem compreende as outras pessoas. “Os bons livros têm justamente o papel de nos revelar verdades atemporais sobre o ser humano”, diz.

Nesta galeria você encontrará (ou reencontrará) alguns personagens criados por autores como José Saramago, Ernest Hemingway e Guimarães Rosa – cada qual com uma história interessante sob o ponto de vista profissional.

Santiago, de “O velho e o mar”

Santiago é um velho pescador que parte numa jornada pelo Golfo de Cuba para caçar um gigantesco peixe. Sua árdua saga é acompanhada por um diálogo interno constante.

O que extrair do personagem: Segundo Jucá, a perseguição empreendida por Santiago pode servir como metáfora para os grandes desafios da vida profissional. “O que fica para o leitor é que, para ser resistente às adversidades, é preciso ter paixão pelo que se faz e compreender o qual é sua contribuição para o mundo”, diz.

“O velho e o mar”, de Ernest Hemingway (Bertrand Brasil)

O homem que queria um barco, de “O conto da ilha desconhecida”

Nesta curta novela, um personagem sem nome procura um barco para explorar uma ilha desconhecida. Para tanto, procura a ajuda do rei, que tenta demovê-lo da ideia de viajar, com o argumento de que todas as ilhas já são conhecidas pelo homem.

O que extrair do personagem: O homem que insiste na ideia de ter um barco para fazer a viagem ao desconhecido é considerado um louco pelo rei, mas é um símbolo do não-conformismo. “Trata-se de uma lição sobre inovação, sobre as dificuldades de vender um sonho, uma ideia original”, diz Jucá.

“O conto da ilha desconhecida”, de José Saramago (Editoral Caminho)

Zé Bebelo, de “Grande Sertão: Veredas”

No clássico brasileiro, Zé Bebelo é o comandante de uma tropa de jagunços. Sua forma de reconhecer e desenvolver seus liderados chama a atenção do leitor.

O que extrair do personagem: Jucá acredita que a história de Bebelo pode ser lida como um rico compêndio sobre liderança. “É um convite a pensar sobre o que significa ser chefe, a importância de identificar talentos e treiná-los”, afirma.

“Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa (Editora Nova Fronteira)

Giovanni Drogo, de “O deserto dos tártaros”

Um jovem é enviado para permanecer num isolado forte militar – uma etapa que acredita ser transitória em sua carreira. Aos poucos, entretanto, percebe que está criando raízes no local e pode ficar preso a ele pelo resto da vida.

O que extrair do personagem: A experiência de Drogo é um alerta sobre o comodismo. De acordo com Jucá, a lição trazida pelo livro é que há um imenso perigo em não ser o protagonista da sua história profissional. “Renunciar a isso pode levar a uma grande frustração”, afirma.

“O deserto dos tártaros”, de Dino Buzzati (Editora Cavalo de Ferro)

Leo, de “Viagem ao Oriente”

Leo faz parte de um grupo que empreende uma espécie de viagem mística rumo ao Oriente. Durante a jornada, ele está sempre sorrindo, assobiando e ajudando os outros.

O que extrair do personagem: Leo nunca está em destaque e parece ser uma figura insignificante num primeiro momento. No entanto, quando perde contato com o grupo e sai da história, o leitor percebe que ele era a fonte do entusiasmo do grupo. “O personagem mostra que existem líderes ou chefes que não são importantes pela hierarquia ou pela imposição, mas sim pelo serviço que prestam à equipe”, diz Jucá.

“Viagem ao Oriente”, de Herman Hesse (Civilização Brasileira/Record)

O capitão, de “O agente secreto”

O capitão assume o comando de um navio pela primeira vez na vida. Nessa experiência inédita, ele atravessa inúmeras adversidades e dilemas impostos pela liderança. 

O que extrair do personagem: Da insegurança sobre a própria autoridade à busca pela confiança da tripulação, o personagem vive todos os dramas de uma primeira experiência como líder. Para Jucá, a leitura é obrigatória para qualquer chefe de primeira viagem.

“O agente secreto”, de Joseph Conrad (Editora Landmark)

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Fonte: Exame

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