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Pesquisadores descobrem gene ligado à infertilidade masculina

Já faz um tempo que os cientistas estão em busca de explicações genéticas para a infertilidade em homens e mulheres saudáveis. Agora, no caso masculino, uma nova pesquisa descobriu que mutações em um único gene podem causar uma contagem de esperma anormalmente baixa em alguns homens.
O gene, chamado NR5A1, está associado a distúrbios graves no sistema reprodutivo, tais como desenvolvimento anormal dos testículos.

No ano passado, os mesmos pesquisadores relacionaram as mutações no NR5A1 com a disfunção ovárica em mulheres. As mulheres que herdaram essa mutação específica no gene sofreram uma perda progressiva da capacidade reprodutiva. Quando os pesquisadores descobriram esse fato, consideraram que seria provável que o NR5A1 também estivesse associado à infertilidade masculina.

Foram analisados o DNA de 315 homens diagnosticados com infertilidade de causa desconhecida (a maioria dos casos de infertilidade masculina é de causa desconhecida). Os cientistas descobriram que sete dos homens tinham mutações no NR5A1. Eles também digitalizaram amostras de DNA de 2.000 homens férteis, e não encontraram nenhuma evidência de mutações.

Como dois dos homens com as mutações tinham entre 30 e 40 anos, e um outro mostrou um declínio na contagem de esperma durante um período de dois anos, os pesquisadores imaginam que as mutações podem causar um declínio acelerado da fertilidade com a idade.

Em outras palavras, um homem com a mutação pode não ter nenhum problema com sua fertilidade quando tiver 21 anos, mas se tentar ter filhos mais tarde, pode já não ser possível.

Os pesquisadores ainda não sabem como essas mutações afetam a contagem de esperma. Alguns espermatozóides podem nunca se desenvolver plenamente, ou a produção de esperma pode ser reduzida devido à diminuição dos níveis de testosterona.

Outra possibilidade é que as substâncias químicas no ambiente possam alterar o gene nas pessoas. Nos últimos anos, estudos realizados no Japão e nos Estados Unidos mostraram que a atrazina química, que é comumente usada como herbicida, perturba a função normal do NR5A1 em peixes e seres humanos, demasculiniza animais, e aumenta o risco de câncer no sistema reprodutivo em animais e seres humanos.

Segundo os pesquisadores, esse estudo ainda é muito novo e necessita de mais pesquisas. O tema central é entender melhor o desenvolvimento e a função das gônadas de mamíferos, e observar causas genéticas para compreender a fisiopatologia da infertilidade masculina e feminina. [LiveScience]

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